Por Camilla Martins
Todas as segundas-feiras o programa na modalidade Reality tem em sua programação um jogo chamado Jogo da discórdia. Onde os participantes na grande maioria das vezes devem escolher frases ou palavras de cunho negativo, apontando algum outro participante para fazer referência a esta frase ou palavra.
As respostas fisiológicas e psicológicas dos escolhidos são imediatas. Mudança da expressão, na postura corporal, na colocação da face. Tudo se transforma. Os escolhidos demonstram através do seu não verbal, frustração, nervosismo, raiva, rubor.
Provavelmente apresentam alteração na frequência cardíaca, Contração muscular, dilatação das pupilas, reações características de luta ou fuga. Alguns não conseguem se controlar e explodem em emoções diversas. Ali na hora em pleno horário nobre. E depois durante a madrugada as conversas, discussões, correm soltas. De um lado os que se sentiram injustiçados tramando ações de retaliação, do outro os justiceiros.
É possível nesse contexto observar como as palavras negativas podem contribuir para o aparecimento de comportamentos inadequados. E quem disse que Palavras ou frases negativas não geram engajamento? Pessoas expostas ao negativo engajam em fazer o contrário do que devem realizar. Pessoas engajadas negativamente entregam menos, diminuem a qualidade das suas ações, se entregam o que foi pedido entregam somente o necessário.
Formam grupos para tentar derrubar a liderança, batem de frente, discutem. O ambiente fica pesado. Todos sofrem. Ficando aqui a reflexão. São muitas as vezes em nosso dia a dia profissional e pessoal que vivenciamos como que jogos de discórdia.
O quanto estamos ganhando com isso?
Camilla Martins é Enfermeira, professora universitária, empresária, criadora do app MedicAção, escritora, treinadora comportamental. Já treinou diversas equipes em diversos seguimentos.
