Referência no assunto, Felipe Cassola utiliza exemplos cotidianos para introduzir público no mundo corporativo

O empresário e empreendedor em série Felipe Cassola usa de exemplos do seu cotidiano e experiências no empreendedorismo para instruir e empoderar empreendedores.

O mundo do empreendedorismo ainda é um grande mistério para a maioria das pessoas. Um levantamento da GEM (Global Entrepreneurship Monitor) mostrou que 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendem querem abrir um negócio nos próximos 3 anos, sendo que 1/3 desse quantitativo foi motivado pela pandemia de covid-19. Contudo, em geral a teoria do que é o empreendedorismo acaba por se distanciar da prática, levando muitos que abrem o primeiro negócio a fecharem as portas com menos de 3 anos no mercado.

Por esse motivo, o empreendedor em série Felipe Cassola tem usado as redes sociais como plataforma de distribuição de conteúdo sobre o tema, tomando como base suas experiências da vida real. “Os altos e baixos que o empreendedor vive na sua jornada profissional, assim como as diferenças entre expectativa e realidade, fazem parte do processo. Contudo, é preciso falar do que é empreender de uma forma realista, abrangente, inclusiva e prática. Muitas vezes o que o empreendedor de primeira viagem encontra é uma sopa de jargões corporativos que parecem arranjados aleatoriamente. Empreender é muito mais do que se dedicar a estudar teoria da administração, marketing ou falar diversos termos como brainstorming, call, meeting, budget e MVP, mas é primordialmente perseverança e saber identificar oportunidades.”

Foco

Durante sua caminhada como empreendedor, Felipe Cassola já atuou nos mais diversos segmentos. Ele foi um dos responsáveis em trazer o WSOP (Copa do mundo do Poker) ao Brasil e já teve mais de 10 empresas  (CNPJs) abertas. Contudo, hoje o empreendedor acredita que o segredo para ser bem sucedido é ter foco. “Com o crescimento da empresa, mesmo com seguidos bons resultados, cada vez mais que estudava empreendedorismo, mais ficava preocupado com meu futuro. O motivo? Minha empresa não tinha tecnologia, nem era escalável. Comecei a sofrer de uma ansiedade que hoje a chamo de “Síndrome do Shark Tank”, pois percebia que a empresa que eu sonhava e estava 100% do meu tempo dedicado não estava no hall de uma “empresa promissora”, então eu me desestimulava. Com essa síndrome, por 3 anos desfoquei do negócio e comecei a queimar caixa em novas frentes, cheguei a ter 10 CNPJs ao mesmo tempo, em vários segmentos diferentes. É preciso foco para ter sucesso e não atirar para todos os lados.”

Para atingir o sucesso profissional, Felipe teve de tomar decisões estratégicas. “As empresas que abri eram boas, tinham projeção, mas só a ideia em si não bastava. Ter bons sócios, uma execução de qualidade e foco eram cruciais. Fui me desvencilhando aos poucos das empresas vendendo minhas participações e retornando, cada vez mais, ao meu core business. E então, sem a distração da Síndrome do SharkTank, e com todo know-how adquirido, focamos todas as energias no negócio e crescemos 10 vezes em 4 anos.

Vida real

Hoje, através do perfil no Instagram Além do CNPJ, Felipe Cassola revela curiosidades do seu cotidiano como empreendedor e responde a dúvidas e questionamentos feitos pelos internautas. “Estou ali para partilhar conhecimento e experiências reais com o meu público. Ajudar as pessoas a transcender a barreira entre a teoria e a prática e serem bem sucedidos nos seus negócios.” O empresário também enxerga o quanto situações de crise podem fomentar novos empreendedores e negócios. “Nos últimos anos, o Brasil passou por um dos mais longos períodos de depressão, mas hoje dá  alguns sinais de recuperação. O período de crise foi significante para crivar os negócios que realmente têm propostas de valor aos clientes, bem como para despertar a criatividade dos empreendedores. Atualmente, é possível ver estabelecimentos com um viés colaborativo muito mais intenso, como: o aluguel de produtos, compartilhamento de meios de transporte e até de locais para trabalho. Agora, é possível que muitas pessoas sintam-se mais confiantes em voltar a empreender, e, ainda assim, negócios de conserto, reforma e colaboração estarão em alta.