Brasil lidera 72% do e-commerce transfronteiriço entre América Latina e Europa, revela relatório da Nuvei
• Estudo da Nuvei aponta o potencial das conexões entre a Europa e América Latina para alavancar o e-commerce entre as regiões
• Participação de europeus no e-commerce transfronteiriço na América Latina deve representar US$ 1 bilhão em 2023, com potencial de crescimento de 20% ao ano
• O mercado de luxo, de marcas exclusivas, tem potencial para crescer e alcançar mais 46 milhões consumidores latino-americanos
As compras do e-commerce latino-americano com empresas europeias devem atingir 1 bilhão de dólares em 2023 e o Brasil é responsável por 72% desses gastos: é o que mostra o estudo Insights e oportunidades para o sucesso da expansão regional – Interconectando Europa e América Latina lançado pela Nuvei, provedora global de soluções para meios de pagamento. O estudo aponta o potencial das conexões entre a Europa e América Latina para alavancar o e-commerce entre as regiões. “As empresas estão interessadas nas tendências de pagamento de comércio eletrônico e nos mercados importantes, em rápida evolução. Analisamos o comércio eletrônico transfronteiriço europeu na América Latina pelo seu potencial agressivo de crescimento que deve chegar a 20% ao ano”, comenta Rafael Lavezzo, vice-presidente sênior Comercial da Nuvei para a América Latina.
Esse novo capítulo dos relatórios da Nuvei aponta os fortes laços culturais, linguísticos e econômicos entre a Europa e a América Latina, detalha o comportamento do e-commerce nos principais mercado latino-americanos e aponta as oportunidades para empresas europeias que desejam expandir seus negócios por meio do e-commerce na região. Esse estudo é o segundo de uma série de relatórios que exploram oportunidades de crescimento em diferentes regiões. O primeiro foi o “Insights e Oportunidades para Expansão Regional de Sucesso – Interconectando Ásia-Pacífico e América Latina”, que trouxe uma análise sobre a atuação de empresas asiáticas no comércio eletrônico da América Latina. Ambas as pesquisas foram encomendadas à Americas Market Intelligence (AMI).
De acordo com o estudo, a sinergia entre as regiões traz grandes oportunidades de crescimento para empresas europeias em segmentos como manufatura, telecomunicações, energia, varejo, finanças e comércio eletrônico. A estimativa é de que a participação de europeus no comércio cross-border na América Latina seja de cerca de US$ 1 bilhão, em 2023, o equivalente a 2%.
“A rápida transformação digital no mercado de meios de pagamentos, a alta taxa de aceitação do Pix e o avanço do uso dos smartphones têm contribuído para o avanço do e-commerce da Europa com a América Latina, da mesma maneira que constatamos no primeiro estudo sobre as empresas asiáticas. Com a diferença que os europeus têm a oportunidade de explorar um mercado de consumidores de alta renda que buscam produtos aspiracionais e exclusivos”, comenta Lavezzo.
O estudo indica que o comércio eletrônico transfronteiriço europeu deve crescer agressivamente em 20% ao ano, dos quais 72% são de brasileiros e 20% são gastos transfronteiriços mexicanos com comerciantes europeus. Esse número não inclui o volume produzido por empresas europeias que já investiam diretamente na região e entidades locais estabelecidas, como grandes varejistas como Carrefour, Inditex, IKEA e outros.
O relatório aponta que, na América Latina, é fundamental que os comerciantes incorporem métodos de pagamento locais para capturar o volume internacional. No Brasil, hoje o segmento cross-border representa 6% do e-commerce total. A princípio, pode parecer pouco expressivo, mas é um mercado latente, com potencial de crescimento. Para tanto, uma ampla gama de meios de pagamentos é necessária (cartão de crédito, PIX, etc). Já no México, a participação no comércio cross-border representa um quarto do volume, o que faz do País um mercado alvo para ser desbravado, seguido pelo Chile, devido ao seu PIB per capita.
Oportunidade no mercado de luxo
O segmento de luxo na América Latina oferece um enorme potencial de lucro para empresas europeias. De acordo com o estudo, 1% da população, cerca de 5 milhões de pessoas, busca produtos diferenciados e de luxo e 10% dos latino-americanos, 46 milhões de pessoas, que compõem a população mais rica, é o público-alvo de produtos exclusivos.
No Brasil, o e-commerce é liderado pelo varejo, que representa 44% do total de gastos, e as categorias de varejo online com melhor desempenho são vestuário, acessórios, beleza e perfumaria, produtos de saúde e bem-estar e eletrodomésticos. As empresas no Brasil estão reinventando a experiência do varejo online por meio da incorporação de novas tecnologias e novos canais. Durante a pandemia e os lockdowns, as marcas de luxo europeias tiveram que adaptar seus negócios, melhorando suas plataformas de e-commerce. Com essas inovações, os produtos de luxo europeus se tornaram ainda mais acessíveis.
Brasil: potência digital em pagamentos
Com o incentivo feito pelo governo brasileiro ao banco digital, os produtos financeiros tornaram-se mais acessíveis, aliados ao boom da adoção do PIX, sistema de transferência interoperável em tempo real, que revolucionou a maneira de fazer pagamentos, com 131 milhões de usuários (80% da população adulta e 24,1 bilhões de transações em 2022 (dados BACEN). Em 2023, o PIX deverá representar 28% do e-commerce total, constituindo 40% a 50% das vendas para alguns lojistas no Brasil.
“Hoje, o Brasil é uma potência digital em pagamentos, com 96% dos adultos tendo um relacionamento com uma instituição financeira ou fintech. O mercado de e-commerce brasileiro atingirá US$ 263 bilhões em 2023, com um CAGR (Compound Annual Growth Rate) de 26% de 2019 a 2023: esses dados mostram que o Brasil é um dos 10 principais mercados para empresas que buscam a expansão internacional”, afirma Lavezzo.
Desafios do e-commerce na América Latina
Para as empresas estrangeiras atuarem na América Latina, sobretudo no Brasil, é necessário contar com parceiros de pagamentos que têm tecnologias necessárias para ajudar nos desafios comuns na região como: taxas elevadas de fraude, dificuldades relacionadas a assinaturas, abandono de carrinho de compras, taxas relacionadas a transações internacionais e câmbio, falta de acesso a crédito e assim por diante.
“No caso da Nuvei, nosso diferencial está no fato de oferecer um modelo de merchant of records, que permite aos comerciantes o aceite de pagamentos localmente, sem estarem fisicamente presentes no país; ferramentas antifraude e de gerenciamento de riscos; além da nossa capacidade de resposta e checkout em dispositivos móveis, o que permite uma experiência de usuário positiva em qualquer dispositivo”