Dr. Bernardo Guimarães explica como a modulação hormonal ajuda na melhora de qualidade de vida
Quando falamos em hormônios, muitos podem pensar logo em esteroides anabolizantes, hormônio do crescimento (GH) e outras substâncias essenciais ao organismo, passando pelos mais variados aspectos de transformação do nosso corpo e, por isso, cada vez mais, é motivo de pesquisas e análises da ciência e da medicina, para compreender melhor suas funções, benefícios e cuidados que devemos tomar no seu uso, em busca de uma melhor qualidade de vida.
O Dr. Bernardo Guimarães, especialista em nutrologia e vida saudável esclarece alguns aspectos importantes sobre os hormônios. “O termo hormônio tem origem no idioma grego e significa por em movimento, sendo essas substâncias extremamente importantes para o controle e o bom funcionamento do nosso corpo, atuando diretamente na corrente sanguínea, sendo produzidas pelas glândulas do sistema endócrino ou por neurônios especializados. Hoje a medicina faz uso dessas substâncias, em sua maioria sintetizadas em laboratório, para corrigir deficiências do organismo e trazer benefícios, quando feito sob orientação médica.”
Uso benéfico da modulação e reposição hormonal Segundo o especialista, cada tipo de hormônio tem uma função diferente no nosso organismo, sendo transportados pelo sangue para atuarem em diversas áreas do corpo. “Acontece que você pode fazer essas poderosas substâncias químicas trabalharem a seu favor. As pessoas têm muito mais influência sobre seus hormônios do que muitos imaginam”, destaca o profissional.
Aliado na redução de peso
Uma das funções mais notáveis de alguns hormônios é a capacidade de reduzir e até mesmo eliminar o excesso de gordura corporal. “Seus hormônios são extremamente importantes para o controle do peso e influenciam desde sua fome até em que local você acumula mais gordura. Mesmo suas células de gordura secretam diversos hormônios. Certas estratégias apontadas por um médico especialista podem ajuda-lo a controlar alguns dos hormônios que influenciam seu peso”, enfatiza
Principais hormônios que atuam na regulação do peso e apetite
Testosterona: É responsável por regular a fertilidade, a massa muscular, a distribuição de gordura corporal e a produção de glóbulos vermelhos. Em geral, indivíduos com mais testosterona tem menor percentual de gordura e mais facilidade de ganhar massa magra. Embora seja o principal hormônio sexual masculino, também é produzido pelas mulheres nos ovários, porém em menor quantidade. Modulação hormonal com testosterona em mulheres, quando feita com o devido acompanhamento médico, resulta de maneira semelhante aos benefícios alcançados por homens.
Leptina: É um tipo de hormônio responsável por regular a ingestão e no gasto energético. “Estudos comprovaram que o excesso de gordura corporal pode causar uma condição conhecida como resistência a leptina, o que significaria que seu cérebro não é afetado, por mais que o corpo tenha níveis elevados dessa substância. Resultado: seu corpo sente fome, afinal seu cérebro não recebe o sinal de que está satisfeito. Cortisol: famoso por ser liberado em situações de risco, de luta, defesa ou fuga, mas quando esse hormônio permanece elevado na corrente sanguínea por um longo período devido ao estresse contínuo. Daí surge o desejo de consumir açúcar ou alimentos com alto teor de carboidratos. Por isso quando mais calmo e relaxado você estiver, é provável que menos desejos por alimentos calóricos sentirá. Serotonina – Já a serotonina tem o efeito oposto: acalma e é um supressor natural do apetite. Para aumentar o nível de serononina no organismo é recomendado a prática de exercícios físicos e consumir alimentos ricos em vitaminas do complexo B, como salmão, carnes vermelhas ou oleaginosas como castanha do Pará e aveia, que trazem esse mesmo efeito de felicidade, já que o cérebro utiliza esses nutrientes para produzir o hormônio.
Insulina: É o “hormônio da saúde”, pois promove a entrada de glicose nas células. A falta dessa substância ou a incapacidade da mesma de exercer seus efeitos, é a principal causa do diabetes. “O excesso de peso pode levar a resistência a insulina, uma condição em que as células tornam-se menos sensíveis a ação da insulina e passam a não responder mais ao hormônio, resultando no aparecimento da Diabetes Mellitus Tipo 2, quando a pessoa ainda produz insulina, mas ela já não faz efeito. Diferente do Diabetes Mellitus Tipo 1, em que não há produção de insulina”, destaca o nutrólogo.
Irisina: É o hormônio produzido pelos músculos e somente com a prática de alguma atividade física. Auxilia na perda de peso e aumenta a capacidade dos músculos de receberem glicose, para serem queimadas durante os exercícios.